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24 March 2008

 
P.S. (Post Scriptum)
É claro que não dou justificação das minhas afirmações.
Pela simples razão que há décadas que ando a dá-las.
Não tenho nada de novo a dizer.E o pior é que os factos têm vindo a dar-me razão.

 
A luta – 5
Quer isto dizer que é a Ministra que tem razão e que, portanto, ela é que deve vencer?A Ministra também tem razões, mas não tem razão. E quer ela o saiba, quer não, também não poderá vencer. Por razões diferentes, é claro. Mas com ela não estou eu preocupado.

 
A luta – 4
Espanta-me como as esquerdas, que têm dominado o poder sindical dos professores e têm tido um poder relativo dentro do Ministério da Educação, estão a dar todo o terreno da reflexão e análise a um pensamento que recusa pensar. Peço desculpa, mas... tal caminhada só pode dar em desastre.
E quem perde são os professores, os alunos e o país.
Não me queixo, que já sou velho. Mas dói-me pelos professores mais novos, que vão ter de pagar a factura. E pelos alunos, que serão as outras vítimas, ainda por cima sem segunda oportunidade, porque só se é jovem uma vez.
Mas este país é assim, e é feliz cavando a sua sepultura...

 
A luta – 3
Não posso deixar de recordar o caso daquele professor que teve de vir retractar-se por ter dito mentiras em público. Certamente foi chamado a contas e veio dizer que «no calor da discussão» disse o que era mentira. Como é possível?
Ele é um símbolo de muita tolice que por aí se tem dito e escrito. Talvez «no calor da discussão», mas que não resiste a uma análise minimamente serena. Muito do que os professores têm escrito volta-se contra eles, porque revelam no que escrevem aquilo que eles não sabem que os incrimina. Só um exemplo. Aquando da divulgação do “vídeo do telemóvel”, ouvi um sindicato declarar que “isto traduz o estado das nossas escolas” (cito de memória). Ora bem: é mentira; mas se não fosse, traduzia uma acusação grave contra os professores. Ou alguém pode aceitar que os professores seriam inocentes?

 
A luta – 2
Mas a luta dos professores veio mostrar, mais uma vez, que o estado de coisas que os professores lamentam se deve ao facto de os professores terem deixado as coisas chegar ao ponto em que se encontram. Continua a ser verdade o que sempre foi: que a união faz a força, portanto que a fraqueza é resultado da falta de união e de luta.

 
A luta
Tenho muita pena, mas não me revejo minimamente nesta luta dos professores. Por uma razão muito simples. Porque, se ganharem, perdem.
É claro que os professores têm muitas razões, e que devem combater por elas, até porque se não o fizerem ninguém o fará por eles. Mas não basta ter razões para ter razão. E mais importante até do que ter razão é não a perder.
Para os professores “ganharem” esta luta, bastaria que a ministra se demitisse ou anulasse o processo de avaliação. Mas esse é um ganhar visível e imediato, que esconde as perdas invisíveis e em tempo diferido.A luta em curso, no meu ponto de vista, é claro, vai a caminho de uma posição a prazo insustentável. E se não é possível melhorar a escola sem os professores, também não é possível aos professores terem futuro contra a sociedade.

 
Caro Anónimo
que escreveu aqui como comentário
«Então quando é que faz uma acção sobre as instruções que lhe foram dadas no sábado passado no Rato?»

A sua intervenção não tem contexto. Por isso, ela é passível de ser interpretada de mil maneiras diferentes. Escolho a que mais me interessa agora.
Acusa-me, em última análise, de ser “a voz do dono”. Mas essa crítica apenas mostra que não me perdoa que eu não seja a “voz de outro dono”.
Vejo que lhe daria muita satisfação se eu mudasse a minha voz, de me traísse a mim mesmo para ser fiel ao que de mim deseja. Vejo... e fico triste. Não por mim, mas por si. Não é necessário explicar porquê: você não perceberia, porque não percebeu nada do que tenho escrito até hoje, e quem percebe não precisa de explicação.
Mas, para que não restem dúvidas e tenha matéria clara para minha acusação, digo-o com toda a clareza:
a minha fidelidade primeira não é aos professores, mas aos alunos e ao país.
E da escola digo o que tenho vindo a dizer: a escola que temos é um crime e só não é um escândalo porque já ninguém se escandaliza.

 
Aniversário
Faz hoje (23 Março), 40 anos que publiquei os dois primeiros textos no jornal Reconquista, de Castelo Branco. Um sobre o problema de poluição e saúde pública de uma ribeira, e o outro sobre um jogo de futebol. É claro que logo o primeiro texto deu confusão. Não admira, pois, que assim seja até hoje.

 
Regresso
Agora que a pressão quotidiana aliviou um pouco, volto aqui, sobretudo em resposta a alguma pressão de alguns amigos, que não me perdoam o abandono desta praça. Mas que posso eu fazer, se o meu tempo e as minhas possibilidades são limitadas?

 
Regresso
Agora que a pressão quotidiana aliviou um pouco, volto aqui, sobretudo em resposta a alguma pressão de alguns amigos, que não me perdoam o abandono desta praça. Mas que posso eu fazer, se o meu tempo e as minhas possibilidades são limitadas?

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