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04 May 2008

 
Maio de 2008
«Tudo é possível», «sejamos realistas, exijamos o impossível», dizia-se há 40 anos, o tempo de juventude daqueles que hoje estão nos vários lugares de poder.
Foi uma época de romper as barreiras do presente lançar-se na conquista do impossível. Em consonância, durante décadas cantámos «sempre que um homem sonha o mundo pula e avança».
Era tempo de um profundo desprezo pela realidade, de uma aversão radical ao realismo. A realidade não existe, é coisa de atados de pés e mãos.
Curiosamente, a palavra de ordem é bem clara: não diz “façamos” o impossível, mas “exijamos” o impossível. São “eles” que têm de nos dar esse impossível que nos compete apenas reivindicar, exigir.
Hoje, a nova geração tem de dar um novo salto. Não porque alguém lho exija, mas porque só assim poderá ir aonde quer. Os novos já perceberam que o sonho faz avançar o mundo, que há inúmeros impossíveis ao nosso alcance. Mas também já perceberam que ninguém lhes dará “almoços grátis”, que o impossível é possível, sim, mas apenas para quem quiser e for capaz de conquistá-lo. Coisa que os mais velhos não aprenderam. Eles querem “o impossível, já”, mas dado como prémio pelo simples facto de existirem.
Os mais novos vivem já noutro mundo. Felizmente para eles.

Comments:
Foi possível ter um computador por cada duas crianças. Porém, muitas delas sem a primeira refeição do dia, como hoje denunciou o Cónego José da Graça uma personalidade com autoridade suficiente para falar do assunto.
E a falta do tal armazém condigno para o Banco Alimentar?!
Uma vergonha!
 
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