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15 April 2008

 
A responsabilidade - 2
Mas, importa repeti-lo, cada um só é responsável na medida daquilo que pode decidir.
Ninguém pode parar um terramoto: é evidente que ninguém pode ser responsabilizado por não ter parado.
Quem pode, por exemplo, enfrentar uma turma de miúdos indisciplinados?
À partida, supõe-se que todo e qualquer professor deve ser capaz de fazê-lo.
Deixem-me realçar: à partida + supõe-se + deve.
Isto mostra como habitualmente raciocinamos: sem verificação dos factos + com base em pressupostos (não verificados) + afirmando um dever.
E tudo isto está certo... quando bate certo. O pior é quando não bate certo.
Há professores que não têm condições para enfrentar um certo tipo de turmas: ou porque os alunos são indisciplinados, ou porque os alunos são desinteressados, ou porque os alunos são muito exigentes intelectualmente... Em cada um destes casos, o professor pode não estar à altura do desafio. E esse “não estar à altura” pode não ser da sua responsabilidade. Imaginemos que me punham a leccionar Matemática do 12º ano. Mas ninguém põe, dizem-me. Não é verdade. Ou melhor, é verdade neste caso, mas não noutros.
De facto, há professores que são colocados a leccionar turmas para as quais não são capazes de ter respostas à altura. Talvez seja o caso da professora do caso do telemóvel. Não sabemos, mas alguma da informação que correu parecia apontar nessa direcção.

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