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03 November 2007

 
A verdade - 4
Medina Carreira defende um sistema (mais) presidencialista para Portugal e argumenta com Ricardo Costa que não haveria perigo de um Salazar. Diz bem, que «ninguém estaria disposto a sê-lo», mas parece esquecer que há muitos a desejá-lo. E acrescenta (p. 121): «Eu sei que se teme “um Salazar” mas, numa sociedade democrática, rigorosa, exigente, justa e organizada, ele nunca terá esse lugar.»
Isto é verdade. Mas é necessário dizer também que “essa” sociedade não é a portuguesa. Democrática? MC mostrou que não. Rigorosa? MC mostrou que não. Exigente? MC mostrou que não. Justa? Organizada? É claro que basta olhar à volta e ver que não.
Há em Portugal um erro básico de pensamento, que só pode ser corrigido por uma outra forma de pensar, com uma matriz que recolha os contributos do pensamento sistémico e da teoria do caos.
Fora disso, continuamos a dizer que temos um problema de governo, quando temos um problema de país de que o Governo é parte integrante e que não pode resolver-se de modo independente.
O que não significa que não devamos exigir melhor desempenho no Governo. Mas este só poderá ocorrer quando houver melhores desempenhos aos vários níveis da sociedade.Ou será que estou errado?

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