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23 September 2007

 
O território
Foi no café que falámos, e não foi por muito tempo. Do facto de o ano estar a começar com um novo princípio de organização escolar. O concelho está agora organizado em três, salvo erro, territórios educativos, servido por estabelecimentos de ensino organizados num Agrupamento de Escolas. A minha escola é cabeça de um agrupamento que vai do Alto de St. António até Martinchel, e vai do jardim de infância até ao fim do terceiro ciclo, embora tenha também secundário.
Eu sou favorável ao princípio da territorialização do ensino. Porque, assim, pode haver – isto é, é possível haver - um trabalho organizado e monitorizado do que se faz.
Antes, era impensável querer produzir efeitos num território sem fronteiras definidas. Ainda se tentou um trabalho com os pais, nas suas próprias terras, mas acabou porque não valia a pena. Agora, pode fazer-se com mais eficácia, de modo a justificar o investimento feito.
Agora, por exemplo, é possível trabalhar o território em algumas dimensões essenciais: a leitura e a escrita, a matemática, a educação científica, etc. Pode perfeitamente criar-se um projecto para uma comunidade que se sabe qual é e com parceiros que se sabe quais são.
A partir de agora, por exemplo, é possível e devia ser obrigatório, sob o chapéu de um mesmo Conselho Pedagógico, haver no sistema uma linha de informação de baixo para cima (o que nós fazemos e a continuidade que esperamos que seja dada) e de cima para baixo (os defeitos de produção que nós detectamos e o que era necessário que estivesse feito e não está). Não – nunca! – num sistema de auto-desculpabilização e culpabilização dos outros. Sempre num espírito de trabalho em equipa com divisão de tarefas e interdependência mútua.
Eu penso que a territorialização do ensino pode ser um passo revolucionário, decisivo, para um salto qualitativo que todos desejamos. Mas também penso que, apesar da territorialização, pode ficar tudo mais ou menos na mesma ou até mais confuso e desorganizado.

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