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20 September 2007

 
O barco vai de saída
Era o dia de início das aulas. Sabia que logo pela manhã, oito e meia, iria estar de serviço às substituições. Ou seja, poderia calhar-me uma turma do 5º ao 12º ano. Não era possível preparar uma aula específica, uma tarefa, um programa, para executar. Teria de lançar-me de paraquedas.
Calhou-me a substituição de um professor de filosofia numa turma do 11º ano. No último piso. Tive tempo, por isso, de pensar uma estratégia e um programa até lá. Mas comecei sem ainda ter aterrado completamente.
Creio que correu bem. Pelo menos foi o que li nos olhos deles.
Depois, foi o encontro com uma turma que já tive no ano passado, portanto um turma “de continuação”. Aproveitei o facto de termos ali uma nova aluna e fiz uma aula de revisão das regras do jogo. É indispensável, logo de início, mostrar o jogo e jogar de acordo com as regras. A primeira imagem é muito importante, pois é ela que organiza o pensamento e o comportamento da turma. Foi bom voltar a encontrar os meus alunos. Tenho a certeza de que vai ser bom – embora por vezes difícil – mais um ano de trabalho.
Depois, para terminar a manhã, o encontro com uma nova turma do 10º ano. Alunos que, no geral, eu não conhecia. Mas alguns já os havia encontrado numa aula de substituição há dois anos. Tinham-me eles dito há dias. Mas hoje não falámos disso.
Começámos pelas apresentações. Perguntei-lhes se queriam dizem alguma coisa, que não. Mas a Ana disse que não gostava de Filosofia. Que já tinha experimentado e é uma coisa «esquisita», de que não gostou. Acabou por dizer que estava disponível para que algumas outras experiências, este ano, pudessem ser melhores. É esse o ponto de partida necessário. E passei eu a apresentar as regras do jogo, que eles ouviram com atenção.
Depois, lemos um texto, uma história de sabor oriental, e explorámos em conjunto o seu significado. Estava um calor excessivo, mas trabalhámos no texto até ao final da aula.A Ana acabou por dizer que já viu que este ano iria ser diferente. Claro, não há dois professores iguais. E foi já à pressa que lhes desejei “bom fim-de-semana”.
Adeus, ó cais de Alfama.

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