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26 August 2007

 
Eduardo Prado Coelho
Morreu, sem aviso prévio.
Durante décadas foi um gerador de impulsos. Dia a dia alimentou a fogueira com pequenos textos de uma atenção e de uma escrita distintas. Tinha o privilégio de passear pelos corredores de muitos poderes, por isso muitos o invejaram. Mas sempre de lá trouxe e sempre para lá levou notícias frescas. E com isso ajudou-nos a olhar para lá da linha do nosso horizonte mais estreito.
Foi um exemplo de um novo tipo de intelectual. Não já o mestre e o guia que aponta a direcção e deve ser seguido, mas aquele que, com o seu trabalho intelectual, nos dá pistas para fazermos o nosso caminho. Como escreveu, a propósito da sua morte, D. José Policarpo: Cada um dos seus textos, por muito distantes que estivéssemos das suas posições, fazia-nos sempre reflectir. ... graças à forma muito interessante como utilizava a sua imensa cultura em apoio aos seus raciocínios.» (Público, 26.8.07)

P.S. – Tive oportunidade de ouvi-lo duas vezes em Abrantes. Uma primeira, num Festival do Imaginário, onde leu um texto magnífico sobre dança. Uma segunda, na ESTA, já este ano, se não erro, numa comunicação que denotava já uma fragilidade que me surpreendeu.

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