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30 August 2007

 
Ao invés – 2
E não há qualquer fatalidade em gostarmos de nós como somos.
Quantos não são os estrangeiros que adoram Portugal? Alguns vindos dos tais países do topo, outros tendo possibilidades pessoais de partir para onde quisessem.
Tenho à minha frente uma entrevista de Adelino Gomes (Pública, 8 de Julho) com Zelimir Brala, embaixador da Croácia em Lisboa. O título: “Portugal é o meu destino”. Leio. «Não sabe o que irá fazer. Mas sente-se culturalmente português. Acha que Portugal estará algures nesse futuro». E ainda: «Portugal, 1978/9: “estava tudo sujo. Nos bares não havia cinzeiros”.» E para terminar: «percebe-se [nos portugueses] uma certa desconfiança nas próprias capacidades.»
Que temos nós que faz tantos outros apaixonarem-se por aquilo que somos?
E que temos nós que não conseguimos gostar de nós assim como somos?

P.S. – Atenção, uma coisa é gostarmos de nós como somos, o que se recomenda, outra muito diferente é instalarmo-nos naquilo que somos e não sermos capazes de sair do lugar em que não queremos estar.

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