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07 June 2007

 

Fora de Horas

Jardim Gonçalves construiu o maior banco privado português e é unanimemente reconhecido como tal. Fez história. Mas há pouco sofreu uma pesada derrota. Dizem uns que foi pura febre de poder, outros acusam que pretendia reforçar os seus privilégios, outros afirmam que estava ainda a fazer o bom combate contra um projecto de pura especulação financeira de Berardo e Outros. Sei tão pouco que é menos que nada. Mas há algo que, sem querer, me vem de imediato à cabeça.
Belmiro de Azevedo ainda há pouco passou a pasta do serviço a alguém de confiança. Antes dele, Bill Gates fez o mesmo e decidiu dedicar-se a outros assuntos não menos importantes. Jardim Gonçalves passou o poder a outro, mas vejo-o agora derrotado. Por que razão ainda lá está?
Não são os males do BCP que me afligem, embora eu saiba que o que ali se passa não é indiferente ao que se passa comigo. O que me interessa mais de perto é o que se passa nas nossas empresas.
Sabemos que a saúde das empresas é da maior importância colectiva. Sabemos que a taxa de desemprego não nos deixa tranquilos. Sabemos ainda que muitas das nossas empresas são familiares, com tudo o que isso tem de bom e de perigoso. E um dos perigos é o patriarca não sair enquanto é tempo. Ou seja, nem se aperceber que já é tempo de passar a pasta a quem puder levá-la a um novo destino.Que o exemplo de Jardim Gonçalves possa deixar uma pergunta à procura de resposta.

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