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21 May 2007

 

Vem aí a mudança?

O Público de hoje (21 Maio) publica uma “novidade nova” (porque há novidades que são velhas).
Quando as escolas receberem os resultados das provas de aferição deste ano, «terão de fazer uma análise dos resultados e enviar à respectiva direcção regional de Educação um relatório com um plano de acção. Que terá de incluir as medidas a adoptar e a calendarização, os resultados a atingir por disciplina e os alunos que serão atingidos por planos de recuperação.»
Se esta medida, ou melhor, se esta vier a ser a definição política do que é uma escola, a escola deixará de ser sobretudo um lugar de rotina e reacção às decisões do centro, para ser um centro local de decisão e acção educativa. Só então, de facto, começará alguma mudança na educação.
Mas, atenção!, uma medida destas vai abrir as caixas fechadas dos problemas invisíveis. Para que esta nova concepção de escola venha a frutificar serão necessárias competências que muito dificilmente se encontram nas escolas: concepção de políticas, gestão por projectos, avaliação sistemática, diálogo entre pares, aprendizagem colectiva da organização, apropriação e gestão do conhecimento pertinente para a acção, política de inovação continuada e sustentada, etc. Como a história tem sido feita num sentido bem diverso e como as coisas não costumam cair do céu, também é provável que aqui não se encontrem disponíveis. Ou seja, o resultado vai depender sobretudo do que se fizer nos e com os conflitos que, sem dúvida, vão ser as primeiras coisas a saltar da caixa que, pelos vistos, se vai abrir. O pior que nos pode acontecer é... voltarmos ao mesmo nada que parece tudo.
Será ainda necessário mudar a legislação (absurda) sobre o conselho local de educação para o tornar num lugar de concertação entre parceiros e de construção de uma política local de educação.

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