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30 May 2007

 

Segunda escolha

Só no sábado passado descobri que o caso do Professor do Norte foi desencadeado por alguém que foi dar com a língua nos dentes. Um “bufo”, disse-se. E isso ainda torna muito pior o tratamento dado pela Directora Regional, se as coisas se passaram como se diz. Como é possível?!
Vem isto a propósito das desvalorizações que se vêem feitas a Fernando Negrão, primeiro, e a António Costa, por terem sido “segundas escolhas” dos respectivos líderes. E na praça pública da nossa comunicação social têm chovido comentários alardes sobre o carácter de segunda escolha, ou escolha de segunda, dos dois candidatos.
Suponhamos que sim, que é verdade. Mas vejamos as coisas.
Os líderes tinham que encontrar um candidato. Para isso tinham de convidar alguém. E esse alguém tinha o direito de recusar. Certo? Se esse alguém recusasse, ele teria de encontrar outro. Certo?
Ora bem. Quem foi o “bufo” que foi dizer que houve uma escolha anterior?
Quem aceitou ser candidato, merece o respeito como candidato. Merece que não andem a desfazer só porque aceitou.
Quem quer que seja que comente como desvalorização o carácter de segunda escolha de um candidato é, para mim, equivalente à suposta aceitação pela Directora Regional do Norte da denúncia por um bufo.
Um homem vale pelo que é e faz e não pelo que outros fazem dele. Se alguém foi convidado primeiro, que fosse, isso é irrelevante. Até pode mostrar falta de visão de quem convidou. Não pode ser imputado como defeito de quem é convidado.Mas é este o país pequenino em que vivemos. Digo eu, aqui deste meu buraco provinciano.

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