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24 May 2007

 

Por exemplo

Quando Durão Barroso deixou saiu para Bruxelas, expressei-me pela legitimidade da sua substituição por Santana Lopes. E justifiquei: Foi o PSD que ganhou as eleições e é ao PSD que cabe indicar o nome do primeiro ministro.
- Mas tu estás parvo ou quê?, foi a classificação que obtive em certos meios.
Agora que T. Blair vai deixar o Governo de Londres, sempre estou para ver se há eleições e se por cá reclamam eleições.
Depois, quando Santana Lopes foi destronado, eu estive de acordo com essa decisão, contra a opinião de que era um dever do P.R. deixá-lo levar o mandato até ao fim e era um verdadeiro golpe de Estado não deixar fazê-lo. E justifiquei: A legitimidade de um mandato não é um absoluto e era evidente a todos que o Governo se estava a dissolver com graves prejuízos para o país e que a Constituição dava ao P.R. este poder de dissolução justamente como árbitro político do processo em curso entre eleições.
- Tu és é parvo!...
Agora, o PSD veio mostrar, em Lisboa, que o mandato eleitoral não é um absoluto e que é, por vezes, obrigação deitar abaixo a árvore moribunda.
A minha não dependência de uma solidariedade de grupo, leia-se: de partido, permite-me dizer o que eu entender correcto, sem ter que dar satisfações ao grupo, ou ao partido.
Mas esta posição também me permite, se for o caso, estar mais perto de um partido ou de outro. E isso não me incomoda nada. Só me incomoda estar errado no que digo.
E mesmo sendo eu classificado como sendo de esquerda, nem sequer me sinto obrigado a ser de esquerda. E, por isso, não tenho quaisquer dúvidas de que há coisas em que sou lido como de esquerda e coisas em que sou lido como de direita. Paciência. Se é assim que eu penso.
Dirão: Mas isso é incoerência!
Mas porque é que a minha coerência deve ser com a esquerda ou a direita e não com aquilo que eu penso?

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