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30 May 2007

 

O prémio

Há algum tempo, em Lisboa, fui motivo de escândalo. Falaram-me do prémio do melhor professor, de que eu sabia muito pouco, mas sobre o qual eu devia, ao que parece, mostrar a minha indignação.
Mas disse que não tinha nada contra. Que não era candidato, que não tinha nada contra que os bons professores fossem reconhecidos como tal, que só esperava que fosse bem atribuído... É claro que houve ali um silêncio incómodo, porque o que eu disse não estava previsto nem devia ser dito... e nem interessa como a coisa acabou.
Continuo a pensar o mesmo.
Sei que há bons professores. E, se me pedirem, apresento já os meus candidatos ao prémio “O melhor professor do concelho de Abrantes”:
Anabela Rodrigues (primeiro as senhoras) e
Américo Pereira.

Mas são eles os melhores?
Não sei. O concurso não está vencido à partida, seria batota. Mas sei que são, qualquer deles, um perigo. Eles mostram-nos que poderíamos ser muito melhores, se quiséssemos ou fôssemos capazes. Eles são.
Haverá outros, no silêncio das salas de portas fechadas. Pois que se abram as portas.
De qualquer modo, este meu exercício não deve ser entendido como deificação dos mortais que eles também são. É exactamente o contrário. Como eles são como nós, nós poderíamos ser como eles. E alguns até serão. E mereciam o mesmo reconhecimento.

P.S. – Ao que sei, hoje (30 Maio), vai a público mais um produto da ousadia de Anabela Rodrigues. Atrevo-me a dar-lhe daqui os parabéns antecipados. O risco de me enganar é pequeno.

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