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30 May 2007

 

Dois destaques

O momento alto da tarde, para mim, ocorreu quando entraram no palco os Arrefinfa na Bilha. Eram 16 crianças, de muito tenra idade, do primeiro ciclo. Entraram sozinhos, iniciaram a sua execução sozinhos, completaram o seu trabalho sempre sozinhos, e saíram em boa ordem também sozinhos.
Mais do que a sua música, um prodígio que se deve, salvo erro ao professor Américo, o que me comoveu foi a sua organização e autonomia. Que também se deve ao mesmo professor Américo.
O segundo destaque vai para a escola e, mais uma vez, para o professor Américo que acolheram o projecto. Ir contra a rotina do que é a mesmidade de sempre e arriscar num projecto novo é já de louvar, até porque não é comum. Mas fazê-lo num tempo crítico de aproximação de prestação de provas escolares é ainda obra de maior monta. Que o professor Américo tenha aceitado correr este risco... bem, não é já de estranhar, mas é sempre de sublinhar.
Quem faz como toda a gente, nunca chega a ser ninguém. E o professor Américo já nos demonstrou que é um caso sério entre nós.
- Mas porquê o professor Américo?! Porquê sempre ele?!
A pergunta foi feita. Com curiosidade? indignação? inveja? censura?
Foi fácil perceber ali, em duas fases, a resposta.
Primeiro. O projecto foi proposto a outras escolas e professores, que até têm «menos oportunidades», mas não foi aceite.
Segundo. O professor Américo mostrou o resto quando disse claramente: «continuamos disponíveis para aquilo que nos quiserem propor».Terceiro, acrescento eu. O professor Américo já mostrou que quando entra em campo é a sério e para ganhar, isto é, para os seus meninos ganharem. Depois admiram-se de ele aparecer à frente.

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