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22 April 2007

 

Carta Educativa de Abrantes

Anda por aí alguma indignação com o facto de a proposta de Carta Educativa de Abrantes ter gerado reclamações e movimentações de protesto.
Uma tal indignação parece desconhecer que é natural e é bom que tal aconteça. Parte do princípio de que a Carta deveria ser do agrado de todos (como?) ou que todos deviam estar calados e submissos perante a Carta?
Numa sociedade democrática e que aceita a participação na definição de políticas de acção – e a Carta Educativa é um documento de política – os documentos devem ser objecto de análise, de tomadas de posição, de manifestação de interesses específicos, etc.
A proposta deve ser bem feita, mas uma proposta bem feita nunca agrada a todos. As pessoas têm direito , e dever, de manifestar-se. E se isso acontecer, é normal.
O problema é outro. Como se portam, nessa discussão, as várias partes?
O poder ouve essas intervenções, leva-as em linha de conta, facilita ou dificulta a manifestação das várias partes? E as partes fazem jogo limpo ou sujo? E todas as partes fazem parte ou têm direito a entrar nesse espaço de concertação?Salazar continua vivo, por aí. Não foi por acaso que nos ganhou a palma de ouro.

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