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08 March 2007

 

Na escola, sim

Há tempos, escrevi aqui que, se quiséssemos, podíamos, em poucos anos, uma boa escola. Que, por isso, uma grande parte do que é uma escola decide-se no modo como essa escola se organiza. Chamaram-me, na altura, alguns nomes feios.
Agora, o Diário de Notícias (4 Março) vem confirmar que assim é.
Uma escola de Estremoz, «em pânico» por se ter dado conta de uma taxa de reprovação de 38% no 7º ano de escolaridade, desenvolveu um projecto e o insucesso caiu logo no primeiro ano para 16%, portanto para menos de metade.
Dito de outra forma, mas generalizando. Um(a) Ministro(a) da Educação não consegue reduzir de modo significativo o insucesso escolar a nível nacional, porque se conseguisse já o tinham feito os vários que o quiseram fazer; mas uma escola pode fazê-lo com relativa facilidade. Há muitas que o têm feito.
Dito ainda de outro modo. A revolução que é preciso fazer-se na educação em Portugal não p ode fazer-se no/do centro e no/do alto do Ministério da Educação. Tem de ser feita nas escolas.
Outro exemplo. Há dias um grupo de deputados foi visitar a escola do Monte da Caparica. Não sei o que viram. Mas sei que houve um tempo em que estávamos habituados a ouvir essa escola nos noticiários pelos piores motivos. A escola organizou-se, em cooperação com o ministério, e os problemas, embora não tenham sido resolvidos – porque a escola não pode resolver problemas daquele tipo -, ficaram controlados e elevaram os níveis de prestação da escola naquela que é a sua missão central, que é educar e ensinar.
Foi a modernidade, com base na mecânica clássica, que nos convenceu que era possível e desejável governar grandes sistemas a partir de cima.
Mas a física clássica já “morreu”, neste caso às mãos da física quântica e da matemática dos sistemas não lineares.

Comments:
Querer é pouco. Precisamos de saber. Publicamos uma análise que identifica as principais razões da crise na Escola, e indica o caminho à saída. Esperemos que o Governo saiba ouvir a voz da Razão, abdicando dos métodos de ensino cientificamente inválidos dos últimos 20 anos.
 
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