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07 February 2007

 

Dever ou não dever...

O Conselho Pedagógico da minha escola decidiu realizar uma reunião aberta em que convidou três pessoas do meio externo para se pronunciarem sobre o que pode e deve ser o projecto educativo de uma (a minha) escola secundária. E convidou-me a assistir.
Devia ou não devia ir?
Segundo uma tese corrente, eles que decidiram, eles que a façam. Só porque eles fazem a reunião e me convidam, eu não sou obrigado a ir. E, de facto, não sou obrigado.
Mas devo ou não devo ir?
Ali ia ser discutido o projecto educativo da minha escola, ali algumas pessoas qualificadas iam dar parecer sobre aquilo que eu (e outros) devo (devemos) fazer, ali iam ser abordados pontos de vista sobre o projecto educativo de que eu sou / serei não só executor mas co-responsável na elaboração.
É o que eu digo. Não devo ir pelo facto de a reunião ter sido feita e eu ter sido convidado, mas pelas responsabilidades que eu tenho e pelas quais devo (é pleonástico mas é verdadeiro) responder. E preparar-me para responder.
Por isso eu defendo a dupla tese de que, quando alguém toma uma iniciativa, ninguém é obrigado a responder pelo facto de a iniciativa ser tomada, mas pode ser obrigado a responder pelas obrigações que tem e a que a iniciativa não é estranha.
E acontece que, como tantas vezes se repete, naquela reunião mais uma vez se lamentou o facto de “estar tão pouca gente”. (E os membros do Conselho Pedagógico tiveram que assinar a folha de presenças. Se não tivessem, estariam lá? Não sabemos, mas podemos conjecturar.)

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