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01 January 2007

 

Um passeio por Abrantes

Dar uma volta atenta pela cidade de Abrantes é oportunidade segura para dar-se conta de múltiplas mazelas. Por exemplo, e é suficiente, nos sinais verticais, vulgo sinais de trânsito ou de informação.
Estas múltiplas feridas urbanas são sinais ou sintomas de duplo sentido. Por um lado, revelam alguma insuficiência nos serviços de manutenção dos equipamentos colectivos; por outro, são manifestações de uma doença de desurbanidade que, salvo melhor percepção, se tem vindo a desenvolver-se entre nós.
Posso estar enganado – oxalá – mas sinto que estamos numa fase de “mudança qualitativa”. Deixámos desenvolver um número significativo de pessoas, sobretudo de tenra idade, em terrenos de inacção e de exclusão social. Agora, começam a tornar-se significativas as suas manifestações de grupo. Porque estas mazelas não são, não creio que sejam, apenas acumulações de casos fortuitos. Não, há, sem dúvida, uma acção com sentido, um sentido de pré-violência urbana.
Se deixarmos que estas manifestações se desenvolvam, teremos um outro nível, superior, de organização da marginalidade entre nós.Não quero ser alarmista, mas gotaria de deixar um alerta. Ou fazemos – aos vários níveis – o que temos de fazer, ou iremos pagar bem caro e de vários modos não o termos feito.

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