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06 January 2007

 

A paciência - 1

- Já não tenho paciência para essa tua conversa do "somos todos responsáveis". É sempre a mesma coisa!
Bem, cada um é que sabe a paciência que tem e onde é que quer investi-la. Mas eu devo dizer duas coisas.
Primeira. De facto, eu tive uma educação que me formou no princípio de que cada um é sujeito e responsável das suas acções. Eu sei que outros forma educados noutros princípios, por exemplo de que não há verdadeiros sujeitos individuais mas apenas colectivos ou de que eu não tenho de prestar contas a ninguém ou... Não tenho dúvida de que aí, na minha educação primeira, estarão algumas das raízes das minhas análises.
Segundo. Aquilo que mais me leva a manter e insistir neste discurso do "somos todos responsáveis" é sobretudo o estudo que tenho feito, a começar pela análise dos sistemas caóticos. E a sociedade é um sistema caótico. E, já o disse quantas vezes?, uma das características essenciais dos sistemas caóticos é a "instabilidade em todos os pontos". Repito: todos os pontos. É aí, em todos os pontos, que se decide o comportamento do sistema. Não há que fugir.
Por exemplo. A seguir ao 11 de Setembro, havia um problema: como vai reagir a economia americana? A resposta seria dada na segunda-feira seguinte. Não pelo Presidente, não pela Reserva Federal, não pela bolsa de NY, mas, diziam os analistas... pelas donas de casa, os milhões de donas de casa que iriam às compras. Sim, instabilidade em todos os pontos, a começar pelka base.Bem pelo contrário, muitos pensam que o comportamento do sistema de decide no topo. Por exemplo, a reforma da educação em curso em Portugal está a ser levada a efeito no Ministério da Educação. E, nos outros pontos do sistema, tem havido sobretudo resistência a essa reforma. Alguém acredita que deste processo podem vir resultados duradoiros? Algumas coisas ficarão, mas nada de substantivo. Paciência, digo eu agora.

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