01 January 2007
A Democracia
Uma das conclusões a tirar seria a de que a democracia não é, ao contrário do que alguns dizem, explícita e implicitamente, um estado natural da vida em sociedade.
A democracia é uma forma social onde se chega, e para lá chegar é necessário crescer: um crescimento que tem de ser tanto individual, mas de muitos e decisivos indivíduos, como colectivo.
O Iraque é um exemplo. Reconhece-se agora que «o Iraque não estava preparado para a democracia». Mas porquê só agora? Reconhece-se, depois de novo atentado da ETA, que «a ETA não estava madura para a democracia». Mas como ajudá-la a amadurecer?
Felizmente não somos chamados a dar de perto uma contribuição pessoal para estes casos complicadíssimos da cena internacional.
Mas somos – e disso não temos demissão possível – chamados a construir pela base a democracia em Portugal. E, contra aquilo que se tem feito, também entre nós a democracia não é um estado natural, nem das pessoas, nem do funcionamento colectivo.
É absolutamente indispensável uma educação para a democracia e um esforço de democratização dos processos e das organizações, se queremos que a democracia tenha um futuro de qualidade entre nós.A democracia não é, não se baseia e muito menos se resume à realização de eleições periódicas. Esse é apenas um elemento, muito importante, é certo, mas tão pobre que pode haver eleições e, apesar delas, haver pouca e pobre democracia no funcionamento efectivo das nossas formas de vida.
A democracia é uma forma social onde se chega, e para lá chegar é necessário crescer: um crescimento que tem de ser tanto individual, mas de muitos e decisivos indivíduos, como colectivo.
O Iraque é um exemplo. Reconhece-se agora que «o Iraque não estava preparado para a democracia». Mas porquê só agora? Reconhece-se, depois de novo atentado da ETA, que «a ETA não estava madura para a democracia». Mas como ajudá-la a amadurecer?
Felizmente não somos chamados a dar de perto uma contribuição pessoal para estes casos complicadíssimos da cena internacional.
Mas somos – e disso não temos demissão possível – chamados a construir pela base a democracia em Portugal. E, contra aquilo que se tem feito, também entre nós a democracia não é um estado natural, nem das pessoas, nem do funcionamento colectivo.
É absolutamente indispensável uma educação para a democracia e um esforço de democratização dos processos e das organizações, se queremos que a democracia tenha um futuro de qualidade entre nós.A democracia não é, não se baseia e muito menos se resume à realização de eleições periódicas. Esse é apenas um elemento, muito importante, é certo, mas tão pobre que pode haver eleições e, apesar delas, haver pouca e pobre democracia no funcionamento efectivo das nossas formas de vida.