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06 January 2007

 

Congresso da Cidadania - 2

Foi bom que o Congresso tenha começado, em Abrantes, numa escola. Porque a escola portuguesa é, no geral, um a expressão sobretudo de uma cidadania pobre, raquítica, imprópria para consumo no tampo em que estamos a viver e sobretudo no tempo em que os alunos irão viver.
Na verdade, é na escola que se objectiva um dos direitos constitucionais de base, o "direito à educação". Contudo, é preciso dizer que essa educação é de má qualidade, afirmação que não é necessário demonstrar porque é universal e já aqui foi várias vezes abordada.
Na escola, os alunos podem adquirir sobretudo conhecimento. Mas devíamos começar por discutir logo "que conhecimento?". É sobretudo "conhecimento de factos" e não domínio de processos. É um conhecimento que exclui o "saber fazer", o saber relacionar-se" e muito pouco o "saber ser".
É muito de reprodução e nada de inovação, é muito de sujeição e nada de participação, é muito de irresponsabilidade e nada de assumpção do seu lugar no meio, é muito de isolamento e nada de cooperação.
É necessário dizer que a nossa escola está ao serviço de uma sociedade que não respeita a ordem constitucional nem trabalha para a construção da sociedade que os mais jovens esperam e merecem. Basta dizer que ela está feita para o sucesso dos filhos de famílias escolarizadas, ricas, urbanas e brancas, e não é possível encontrar na Constituição nada que legitime essa escola.Mas, é claro, nada disto foi dito na primeira sessão. Nem era, certamente, para ser.

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