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02 January 2007

 

Amadeo de Sousa Cardoso

Continua patente, embora por pouco tempo, na Fundação Calouste Gulbenkian, a exposição sobre a obra de Amadeo de Sousa Cardoso e a sua relação artística com pintores e escultores do seu tempo.
Basta uma visita sumária, por um não especialista como eu, para se tornar patente que, embora exista uma escrita pictórica própria, não há limites definidos entre Amadeo e os outros membros da sua comunidade artística. Amadeo é um homem do seu tempo e faz a arte do seu tempo. E dizer isto é um lugar comum. Acontece, porém, que insistimos na recusa de ver a importância do meio ambiente na formação da pessoa.
Anda por aí uma onda que apenas e só quer ver o homem como produto de si mesmo, na melhor das hipóteses como produto da sua carga genética. Trata-se de pura ideologia que em nada é corroborada pelas várias ciências.
Aquilo que se sabe, saber de ciência feito, é que há uma carga genética, de facto muito importante, mas há também a influência do meio, também ela decisiva para aquilo que o indivíduo é ou pode ser.
Daí a importância que devia ser dada à construção de meios ricos em poder formativo, ambientes capazes de serem estimulantes e orientadores num sentido produtivo, contextos capazes de levarem as potencialidades dos indivíduos a elevados padrões de desenvolvimento.
Pelo contrário, parece que nada faz a diferença e que tudo é igual. Daí a mediocridade que se perpetua com facilidade e o esforço de qualificação que tem de enfrentar a mediocridade resistente.

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