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28 January 2007

 

Abrantes, cidade boa - 13

Num dado momento, uma cidade é o que é. Tal como um país. E o futuro começa a partir desse exacto momento e daquilo que a cidade é nesse momento.
Abrantes é, hoje, o que é. Portugal é, hoje, o que é. Se está muito alto ou baixo num dado ranking é motivo de reflexão e de acção, é certo, mas o mais importante é o que queremos que venha a ser.
Se eu vivesse em vale das Mós, no Maxial de Além das Fontes, ou na Feiteira do Carvoeiro... poderia eu ter pretensões a que a minha terra fosse "muito importante" num qualquer ranking mundial?
Há dias falava com alguém vindo da Colômbia, onde esteve em trabalho humanitário: «Aquilo é sobretudo o reino da droga. As FARC controlam um território como a Suiça e a Bélgica, sobretudo pela droga; os opositores das FARC controlam outro território parecido e alimentam-se também da droga; e o Governo tem também as suas plantações de droga. É muito difícil conseguir resultados na Colômbia», concluiu.
Sobre o Brasil, também outra pessoa me comentou os recentes acontecimentos no Rio de Janeiro: «Cerca de 64% das mortes de jovens do Rio são da responsabilidade da própria polícia. A média de vida de um jovem das favelas é de 18 anos. Há dias, num confronto, a polícia teve algumas baixas. Saíram à rua e, em pura retaliação, mataram umas dezenas de jovens "suspeitos", diziam eles.» E o meu interlocutor, um jovem, perguntava «o que é que se pode fazer?»
Nem Portugal nem Abrantes tem problemas destes. Têm os que têm. E a pergunta é a mesma: o que é que se pode fazer?
Mas há uma questão prévia: será que se quer fazer alguma coisa?
Porque, a mim, parece-me que o que se passa é mais da ordem do querer resultados mas não querer fazer.
Só que não há resultados sem que eles sejam consequência de algo que se faça.
E o que não se quer é o resultado do que se tem feito até aqui. Pois de onde poderia vir?

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