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03 October 2006

 

A sombra

Olhe à sua volta.
Olho à minha volta, um pouco por onde quer que ande, e o que vejo é sobretudo cansaço, olheiras, bocejos de alma, ar de frete.
Não é fácil encontrar um pouco de entusiasmo, energia vibrante, um olhar aceso a ver em frente.
Este povo está coberto por um manto de sombra que lhe arrefece a alma. E sem calor, não há vida que resista nem força que persista.
Talvez seja por andarmos há bem mais de 500 anos a exportar os melhores, para as descobertas, para as índias e brasis coloniais, para as imigrações várias. Será que somos o refugo e que, por isso, só somos capazes dos restos?
Onde poderemos encontrar sangue jovem e alma jovem – com frescura, energia, vontade, ambição de futuro, poder de realização – capazes de nos fazer ir onde queremos chegar?
Creio que só podem ser mesmo os jovens.

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