12 October 2006
Ontem fui à Bósnia
Joaquim Sapinho convidou-me, através do Espalhafitas e eu aceitei. Visitámos Serajevo dois anos após o fim da guerra e ainda outras cidades da zona. Pude ver as feridas, muitas, na cidade e adivinhas a feridas invisíveis nas pessoas.
Como é que é possível que aquelas pessoas, até há pouco em com-vivência, se tenham colocado numa relação assassina?
Não foi de um dia para o outro. Somos todos próximos do monstro, mas, apesar disso, um acto, mesmo que livre, tem antecedentes, tem história, não nasce do puro nada. Que é que foi tornando possível aquela história de morte? Morte que, sente-se ao vivo, não ficou resolvida nos episódios já vividos, antes aguarda por novas oportunidades.
Não pude, olhando para o écran do S. Pedro, deixar de ver ali um ensaio sobre Abrantes bombardeada. O que seria vivermos nós algo semelhante? Como seria vivermos numa cidade (mal) cicatrizada da guerra? Onde iríamos buscar forças para reconstruir uma cidade mártir?
Como é que é possível que aquelas pessoas, até há pouco em com-vivência, se tenham colocado numa relação assassina?
Não foi de um dia para o outro. Somos todos próximos do monstro, mas, apesar disso, um acto, mesmo que livre, tem antecedentes, tem história, não nasce do puro nada. Que é que foi tornando possível aquela história de morte? Morte que, sente-se ao vivo, não ficou resolvida nos episódios já vividos, antes aguarda por novas oportunidades.
Não pude, olhando para o écran do S. Pedro, deixar de ver ali um ensaio sobre Abrantes bombardeada. O que seria vivermos nós algo semelhante? Como seria vivermos numa cidade (mal) cicatrizada da guerra? Onde iríamos buscar forças para reconstruir uma cidade mártir?