03 October 2006
La Féria
Filipe La Féria usufrui deste duplo estatuto tão comum na sociedade portuguesa: é um vencedor e tem contra ele (quase) tudo o que mexe no meio cultural.
Vi as suas encenações na Casa da Comédia. Recordo sobretudo o seu espectáculo “A invenção do amor”, sobre um texto de Daniel Filipe. Mas também não esqueço creio que “Paixão segundo Pier Paolo Pasolini”. Era, então, um encenador arrojado, capaz de partir pedra, de transformar uma pequena sala periférica num lugar disputado de culto.
Depois, mudou-se. Passou para teatros maiores, também sempre cheios de gente. Num outro registo. É um teatro mais popular e capaz de fazer bilheteira. Vai onde os outros não vão e vence. E não lhe perdoam.
É assim, este pequeno quintal.
Nem faz nem deixa fazer.
Não faz e tem inveja de quem faz.
Não faz e apedreja quem faz.
E queixa-se do que está por fazer.
Mas são as excepções que podem fazer a diferença.
Vi as suas encenações na Casa da Comédia. Recordo sobretudo o seu espectáculo “A invenção do amor”, sobre um texto de Daniel Filipe. Mas também não esqueço creio que “Paixão segundo Pier Paolo Pasolini”. Era, então, um encenador arrojado, capaz de partir pedra, de transformar uma pequena sala periférica num lugar disputado de culto.
Depois, mudou-se. Passou para teatros maiores, também sempre cheios de gente. Num outro registo. É um teatro mais popular e capaz de fazer bilheteira. Vai onde os outros não vão e vence. E não lhe perdoam.
É assim, este pequeno quintal.
Nem faz nem deixa fazer.
Não faz e tem inveja de quem faz.
Não faz e apedreja quem faz.
E queixa-se do que está por fazer.
Mas são as excepções que podem fazer a diferença.