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10 July 2006

 

Proximidade e profilaxia

Desde 1 de Julho que decorre em Abrantes um projecto-piloto de “policiamento de proximidade” com o objectivo de “evitar a pequena criminalidade” e “fazer profilaxia contra o crime”. Trata-se, contudo, não esqueçamos, de “pequena criminalidade”, que não apresenta grande relevância. São, apesar disso, conhecidos por “crimes contra a sociedade”, porque desgastam ou vão corroendo o tecido social por dentro.
Contudo, parece que esquecemos que a realidade se organiza por níveis. E é sobre esta “pequena criminalidade” que, por acumulação e auto-organização, se geram novos e cada vez mais graves níveis de criminalidade.
Por isso mesmo é que eles não são irrelevantes, antes o patamar que sustenta e alimenta a criminalidade já considerada grave.
O grave não é tanto a criminalidade grave, mas o movimento crescente – quando o há – da criminalidade. Por isso, para que esse crescendo não ocorra, é necessário contrariá-lo, combater a criminalidade logo desde que ela “ainda” é “pequena”.
Benvindo seja, pois, o “policiamento de proximidade”, se ele significar alguma coisa de facto e produzir, também de facto, “profilaxia contra o crime”.

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