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13 July 2006

 

Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, onde estive com alunos meus da ESTA, duas alunas minhas foram assaltadas, uma delas à pistola.
Da rua onde estávamos instalados foi-nos dito, que passássemos sempre pelo "outro lado", porque o nosso lado era onde costumava haver os assaltos.
A cidade está cercada por favelas que crescem à volta e parecem sufocar o centro. E o centro sente-se ameaçado pelo crescer das favelas, na iminência de que a qualquer momento algo de terrível pode acontecer.
A vida é calma, mas nota-se uma tensão larvar.
As casas do centro têm todas segurança reforçada. A vedação está electrificada, e há mesmo um regulamento municipal para isso.
Nas torres habitacionais e nos prédios de serviços há vigilância humana 24 horas por dia.
É... a violência cresce, cresce sem controlo porque não se sente ameaçadora. Às tantas já está fora de controlo e já somos nós (quem?) que estamos presos das medidas de segurança.
Foi lá que eu percebi definitivamente a afirmação de uma brasileira em Portugal: "Que viver aqui para que os meus filho spossam ir brincar para a rua sem eu estar preocupada."
E a nossa afirmação - pessoal e política - tem que ser: "Queremos continuar a poder deixar os nossos filhos irem brincar para a rua sem ficarmos preocupados".

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