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10 July 2006

 

Abrantes e a criminalidade

Segundo lemos, Abrantes foi escolhida para o projecto-piloto de de “policiamento de proximidade” por ser, entre outras coisas, uma cidade que “tem condições de criminalidade baixas e onde é fácil fazer profilaxia contra o crime”. Ao contrário das outras cidades do distrito.
Devemos ficar satisfeitos por termos menos criminalidade e, por isso, por irmos ter resultados assegurados na profilaxia. E ambas as coisas são muito importantes. Desde que ambas se verifiquem.
Não sei os níveis de criminalidade nas outras cidades, mas vejo que há em Abrantes sinais claros e queixas reiteradas de que as coisas não correm bem. Basta andar pela cidade para constatar as quase contínuas agressões aos equipamentos. Sobretudo nos fins-de-semana, mas não só. Seria interessante alguém qualificada dar uma volta pela cidade e calcular o valor dos prejuízos provocados. Além disso, as queixas de roubos são cíclicas.
Curiosamente, nos primeiros dias do de “policiamento de proximidade”, foram “vandalizados” nove ( 9 ) autocarros a 200 metros da esquadra da polícia. Terá sido mera coincidência, ou um aviso claro de que as coisas são como são e não como devem ser?
Essa criminalidade não é grande, não provoca manifestações públicas, não gera movimentos sociais. Ainda. Mas uma coisa é certa, sobre ela está a construir-se um edifício de criminalidade com vários andares. E se é verdade que um prédio só se considera alto quando sobe além da média, a verdade é que são os andares de baixo que lhe fazem a altura para lá chegar.
E, numa cidade, a criminalidade nunca está parada: ou sobe ou desce. Por isso mesmo, é da maior importância aquilo que se espera deste de “policiamento de proximidade”.

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