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13 July 2006

 

25 de Abril. A história impossível?

É impossível fazer a História do 25 de Abril?
(Parêntesis. Dizem alguns: «Estás sempre com essa coisa da cooperação entre as várias instituições. Isso é só mais uma moda.» Mas não é. Que se cuidem, porque há coisas que não têm espera. E é isso que pretendo mostrar aqui. Apenas um “pequeno” exemplo.)
Os EUA desclassificaram agora e tornaram públicos 2.701 documentos diplomáticos de 1974 relativos a Portugal.
Quem conhece todos esses documentos? Quanto tempo levam a ler? E a estudar, que é diferente de ler?
Mas, além da correspondência diplomática dos EUA há toda a outra correspondência diplomática de muitos países. E estamos a falar só de correspondência diplomática. E tudo o mais que é de grande relevância para se conhecer e perceber o que se passou no 25 de Abril?
Não há ninguém que possa abarcar toda a informação.
Não há, sequer, nenhum grupo de investigação capaz de trabalhar uma tão grande massa informativa.
Só a cooperação entre os muitíssimos investigadores e os muitos centros de investigação, nacionais e estrangeiros, pode dar alguma conta da informação disponível e produzir algum conhecimento seguro sobre o 25 de Abril.
Seguro? Mas o que significa “seguro”? Não estamos sempre sujeitos a deixar escapar uma peça importante para se perceber o que se passou?
O 25 de Abril é ainda o espaço entre todas as tentativas de contar e explicar o que se passou nessa data.
(O que se passa aqui é apenas exemplo e símbolo do que se passa em tudo. O que domina é, sobretudo, a nossa ignorância. E a insensatez daqueles que pensam que sabem tudo. Insensatez de que todos sofremos as consequências.)

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