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19 June 2006

 

Outro triângulo

Mas Abrantes está implantada num outro triângulo, com Castelo Branco e Portalegre. Neste território, mais vasto e menos densamente povoado, portanto também com menos potencialidades, Abrantes tem um mais amplo espaço de polarização. A caminho de Castelo Branco, até onde vai a influência de Abrantes? E até Portalegre?
Uma das formas de responder passa pelo escrutínio das médias superfícies comerciais de Abrantes. Elas arrastam para Abrantes gentes que vêm de bem longe.
Neste território de polarização, importa saber quais os serviços que Abrantes presta e quais aqueles que poderia prestar, quais as funções que deseja exercer e, destas, quais estão em disputa com as cidades de Castelo Branco e Portalegre. Porque também estas cidades querem exercer a sua influência polarizadora. E Abrantes, queira ou não, vai exercer aquelas que for capaz de consolidar.
E a questão não é tão fácil como parece. Porque hoje as fronteiras são porosas e muitas dessas funções podem ser exercidas por cidades que estão bem longe. Mas a proximidade geográfica continua a ser uma vantagem, bem como a tradição de relações a vários níveis. Mas a verdade é que as tradições são um palimpsesto: reescrevem-se com uma razoável facilidade. Basta mudarem as condições.
Ora as condições estão a mudar. É necessário, por isso, reescrever as relações entre as várias comunidades.
Veja-se, por exemplo, como Vila de Rei e Mação estão pendentes entre Castelo Branco e o Médio Tejo.
Ora acontece que estas relações não são meramente, nem sobretudo, administrativas. São-no a todos os níveis.
Mas... há uma diferença entre o que resulta de uma teia mais ou menos caótica de relações dependendo de circunstâncias fortuitas... e o que resulta de uma estratégia mais ou menos articulada entre os vários actores sociais...
Bom, mas isso...

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