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19 June 2006

 

Elíseo de Moura

Cheguei a Abrantes e soube que tinha sido assassinado numa agressão com automóvel.
Quaisquer que tenham sido as circunstâncias, e são sempre complexas as circunstâncias de um caso como este, não podem não sê-lo, há uma coisa que temos de assumir: a condenação firme de um gesto assassino. Um acto propositado de matar alguém, ainda por cima de matá-lo violentamente, não pode ter a nossa tolerância ou complacência. Ao Estado reservamos a coacção violenta sobre as pessoas. Mas nem mesmo ao Estado devemos permitir que tire a vida a uma pessoa.
Sobre Elíseo de Moura, há que reconhecer o muito que deu à sua freguesia, a de S. João. Era um homem atento, cuidadoso, dedicado à sua maneira às coisas que são de nós todos. Isso lhe devemos nesta hora última.

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