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01 May 2006

 

Estabilidade no emprego

Uma das palavras de ordem da luta sindical é "estabilidade no emprego". E com razão. Ou melhor, com alguma razão. Um empregado não pode reduzir-se a matéria disponível de acordo com os humores do empregador.
Mas também a "estabilidade no emprego", sendo um valor, não é um valor absoluto. De tanto ser defendida, a "estabilidade no emprego" pode transformar-se, para um número cada vez maior, em estabilidade no desemprego.
Na Marofa, hoje Baral, no Pego, há poucos anos trabalhavam uma 50 mulheres. Hoje trabalha apenas uma dúzia. Porquê? Não sei em pormenor, mas sei que qualquer empregador procura substituir um trabalhador por uma máquina. Para a máquina, até pode encontrar apoio financeiro a fundo perdido, enquanto que para o trabalhador...
Na Função Pública, a "estabilidade no emprego", a absolutização do "conteúdo funcional", a ausência de avaliação digna desse nome, a desresponsabilização efectiva das chefias, etc. deram, agora, num aparelho monstruoso, pouco eficaz, sujeito a uma condenação efectiva pela opinião pública, o que é um bom campo para ser semeada uma redução que cada vez mais é dita como indispensável. Não só para as finanças do Estado mas até para uma maior eficácia do próprio aparelho administrativo.

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