.comment-link {margin-left:.6em;}

25 April 2006

 

Uma revolução silenciosa

Se há revoluções que resultam de uma acção militar, há outras que decorrem de outro tipo de forças. É o caso, entre nós, da revolução desportiva a que vimos assistindo.
Estou a falar do espectáculo continuado de pessoas a andar a pé ou de bicicleta, a correr, a andar de mota ou de moto-quatro, a praticar canoagem, para já não falar no karting.
Além disso, se formos às piscinas de Abrantes ou do Tramagal, facilmente encontramos pessoas de todas as idades, desde crianças a adultos. Sobretudo pessoas mais idosas, e entre estas, senhoras, bastantes, a fazerem aquilo que até há pouco era impensável, a terem uma relação muito diferente com o corpo, a fazerem do movimento uma parte integrante da sua vida e dos seus cuidados de saúde.
Não esqueçamos o atletismo, o clássico futebol, na cidade e nas freguesias, e os outros desportos colectivos. Não há qualquer dúvida de que estamos perante uma revolução silenciosa. Não sabemos ainda quais serão os verdadeiros efeitos, mas sabemos que os terá.
Quanto às causas, são várias. Desde a acção autárquica, na construção de equipamentos, em programas de financiamento e em dinâmicas de animação, até às novas posturas dos médicos que receitam desporto e movimento como dantes receitavam botica, passando pela influência das modas e dos modelos célebres que se apresentam em forma e em comportamentos desportivos.
Importa lembrar que nada destas conquistas é definitivo, antes tudo pode perder-se muito mais facilmente do que podemos imaginar. É necessário, por isso, continuar a insistir nessa boa direcção. Além disso, quando estas coisas acontecem, chega um momento (já chegou?) em que são necessários novos níveis de resposta, de organização, de equipamentos, de objectivos.
Também aqui é necessário dizer que "a revolução continua".

Comments: Post a Comment



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?