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09 April 2006

 

Três anos de Bagdad

Há três anos que as tropas americanas conquistaram Bagdad. Nesse dia, em que ganharam a batalha, perderam a guerra. Pensavam que iriam encontrar uma forte resistência e aniquilar as forças militares de Saddam. Mas não encontraram. Para grande surpresa dos americanos, mas nenhuma dos que conhecem um pouco de estratégia militar.
Também em Portugal, se houvesse uma invasão dos espanhóis, as tropas portuguesas não seriam capazes de os conter. Nesse caso, estão preparadas para fazer o mesmo que as tropas iraquianas fizeram: passar a uma guerra de guerrilha, numa resistência activa e incontrolável.
Passados três anos, do ponto de vista militar, esta guerra de resistência continua e os americanos estão a perder a batalha na retaguarda enquanto os guerrilheiros estão a ganhá-la tanto na retaguarda como nas várias frentes em que pontual e sistematicamente actuam. O que não encerra nenhuma razão para nos congratularmos. Antes pelo contrário. A grande verdade é que ninguém parece capaz de adivinhar o resultado de uma derrota que cada vez mais se apresenta inevitável.

Comments:
É certo que os americanos se meteram num atoleiro que cheira a derrota. Mas é curioso que se fale de "guerrilha"... Pode ser que em casos muito pontuais possa ser. Mas o que acontece em geral no Iraque é terrorismo cego (financiado e alimentado por fanáticos e estrangeiros) e quem mais sofre e morre são os civis iraquianos (e isso não é "guerrilha" nem "resistência").
É lamentável o que se passa e também me parece que era melhor não ter havido guerra. Mas acho que há algo de perverso nisto tudo: Seria melhor uma ditadura cruel que pelo menos matava em silêncio aqueles que se lhe opunham, não nos fazendo chegar pela TV à hora do jantar os seus crimes. Assim ficariamos todos de consciência tranquila? Assim não nos revoltávamos tanto?

Saudações
Luis Morgado
 
Na Segunda Guerra Mundial, quando a França se capitulou perante os nazis e se instalou o governo fantoche de Vichy, já em Londres, quando o General De Gaulle apelava à Resistência, houve uma frase deste que ficou célebre: "perdemos uma batalha mas não perdemos a Guerra" e, como Historiador, eu defenda que a História não se repete, no entanto, que há semelhanças há, pois os Americanos e o seu belicista Presidente George Bush pensavem que era só fazer como Júlio César: Vim, Vi e Venci. Contudo, não foi bem assim e, embora eu condene o fanatismo religioso, parece-me bem que os Americanos se meterem numa "armadilha" que lhe poderá dar muitos problemas (e já está a dar), atrevo-me mesmo a dizer que é um segundo Vietname dos EUA (embora a História não se repita), porque tal como no Vietname se trata de uma guerra de Guerrilha, tal como os Vietcongs de Ho-Chi-Minh, também a Guerrilha Iraquiana ataca de vez em quando inflingindo várias baixas por dia aos Americanos, é que todos os dias morrem americanos, vítimas das emboscadas da guerrilha, nó é que não sabemos, sobretudo nos EUA, porque a censura de Bush não deixará chegar tais notícias à TV .. e os soldados vão morrendo, ficando uma questão: até quando?
E tão bem que podiam estar livres disto. É certo que Sadam Hussein não era própriamente um "santo", era um ditador que oprimia, mas Bush foi destruir um país por causa dos poços e petróleo e, mais 3 ingénuos foram atrás dele apoiando-o, entre eles, o nosso então primeiro-ministro Durão Barroso que, em meu entender não tinha nada que ir apoiar Bush, colocando assim Portugal na rota de um possível ataque terrorista devido a esse apoio.
Isto tudo, devido apenas a uma coisa: ao petróleo!
 
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