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16 April 2006

 

Sexta-Feira Santa - 2

Sexta-Feira Santa é também o Dia de Judas.
A versão de que Judas é apenas e só o mau, o traidor, é a que se tem imposto no imaginário popular. Mas não suporta uma leitura crítica. Aquele que guardava o dinheiro devia ser um homem de confiança. Talvez mesmo de muita confiança.
A exegese tem visto em Judas um homem devotado à causa da libertação de Israel, que apostava em Jesus como O Libertador. A entrega de Jesus por Judas foi seguramente um serviço a essa causa. Talvez por pensar que ele estava a trair a verdadeira causa, talvez por acreditar que uma vez traído Jesus iria mostrar todo o seu poder e libertar Israel... Seja como for, parece que Judas estaria cheio de boas intenções.
Mas de boas intenções está o Inferno cheio.
Judas é também o símbolo daqueles que acreditam que não é necessário calcular os efeitos no mundo dos factos, pois apenas basta ter em conta as boas intenções.
Judas é também o símbolo de todos os que, confiando apenas em boas intenções ou em valores metafísicos, acabaram escaldados.

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