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09 April 2006

 

Filomena e o Iraque

Filomena Mónica, na Pública de hoje, traz uma crónica justamente sobre a invasão do Iraque. Trata-se de um texto importante para vermos como pensam alguns dos nossos pensadores públicos.
O texto é longo. Por isso, limito-me a algumas observações.
«Saddam continuava a rir-se das Nações Unidas»;
«não se tratava de optar entre o Bem e o Mal, coisa fácil, mas de escolher entre o menor de dois Males, a saber, a invasão ou a inacção»;
«o Presidente americano e o Primeiro-Ministro britânico... [na] verdade... pretendiam incutir o pavor nas almas terroristas...»;
«Jamais imaginei...»;
«continuo a pensar que a invasão foi honrosa».
Como quem diz: estás a rir-te de mim? não posso ficar quieto, não consigo imaginar outra coisa que dar-te uma sova; levei na cara, mas fiquei de honra lavada.
E é esta incapacidade de imaginar outras possibilidades de acção senão a guerra que aprisiona estas cabeças ao modelo militar de resposta aos problemas. A solução é, neste caso, sempre boa, independentemente dos resultados.
(Esquece-se, aqui, que um dos resultados pretendidos pela indústria militar era o que de facto aconteceu: a guerra. Como também se esquece que uma parte da recuperação económica dos EUA está afazer-se com base na recuperação e desenvolvimento dessa indústria de guerra. Eu não sei exactamente o que isso significa, mas tenho a certeza de que significa muita coisa.)

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