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16 April 2006

 

ETA

A ETA foi (ainda é?) uma organização terrorista que manteve a Espanha suspensa do próximo atentado terrorista.
Durante décadas, a Espanha desenvolveu uma luta activa contra a ETA. Polícia secreta, polícia civil e tribunais mantiveram uma "luta sem tréguas" E sem grandes resultados. A ETA parecia imune e a vitória parecia-lhe destinada a prazo.
Um dia, porém, a luta mudou. Saiu para a rua e milhões de pessoas manifestaram-se publicamente contra o terrorismo da ETA, milhões de espanhóis disseram publicamente "basta", milhões de espanhóis afirmaram com o corpo na rua "não temos medo", "não pactuamos com o medo".
E foi nesse momento que a ETA verdadeiramente perdeu a guerra.
Há pouco tempo, declarou, sabe-se lá com que sinceridade, o fim do seu terrorismo. A vitória é sobretudo de todos os que, por várias vezes sairam à rua, unidos contra o terrorismo.
Não foram as armas, nem a polícia, nem o exército, que calaram o terrorismo da ETA. Mas a força dos cidadãos livres, que se manifestaram pela liberdade, na rua, contra o medo, a opressão do terror, o terrorismo.
A solução nem sempre está onde parece.

Comments:
Apesar de tudo há que referir que a ETA já existia no tempo do General Franco e já fazia atentados no tempo do Franquismo, sendo também a responsável pelo atentado do Almirante Carrero Blanco, já nos anos 70, que era da ala dura do Franquismo (era mais franquista que o próprio Franco) e era o "delfim" de Franco, ou seja o seu seguidor e possível sucessor.
Embora a ETA tenha combatido a ditadura franquista, é certo que depois da transição pacífica da Espanha para a Democracia (muito bem conduzida pelo Rei Juan Carlos) a ETA continuou a fazer atentados em plena Democracia, a querer impôr-se pelas armas com atentados e provocando o medo entre os Espanhóis e, como o Sr. Professor refere, é verdade que as retaliações pelas armas do Governo Espanhol não fizeram retroceder a ETA, mas quando foram os Espanhóis a sair para a Rua contra a ETA a ETA retraíu-se e recuou, ou seja, as palavras valeram mais que as armas e retaliações. Só que nem todos são assim, o Presidente dos EUA George W Bush, que também pratica "terrorismo" ao fazer guerras por tudo quanto é sítio (até me atrevo a referir que o Pentágono dos EUA é a maior base terrorista do mundo), quando foi invadir o Iraque, houve pelo mundo inteiro manifestações contra esta invasão (é claro que se trata de um contexto e amplitude diferente em relação ao caso da ETA), só que aqui a palavra não venceu nas manifestações que houve e Bush avançou mesmo contra tudo e todos. Assim, o caso da ETA as manifestações que houve, ou seja, a palavra fê-los recuar, só que nem sempre o poder da palavra faz recuar, como foi o caso dos EUA.
 
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