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12 April 2006

 

Criatividade e inovação

Abrantes, na lógica da sua participação na Região Centro, vai apostar na ideia se assumir como Cidade Criativa e Inovadora.
Podemos perguntarmo-nos quem terá tido tal ideia. A verdade dos factos é que Abrantes é uma cidade, e um concelho, conservador, reaccionário à inovação e à criatividade, com um empenho sistemático na reprodução, no não te rales e na má língua. São estes os modelos dominantes. Confirmados de mil maneiras.
Não há, por isso, grandes forças a trabalhar no sentido da criatividade e da inovação. E, no entanto, a criatividade e a inovação não nascem de geração espontânea. Exigem um clima, uma terra lavrada, fertilizante, rega continuada... O contrário do que vemos entre nós.
Batalha perdida? Aposta errada?
A aposta é certa, a batalha está ainda por decidir.
Porque o ambiente é aquele que é, torna-se ainda mais importante remar em sentido contrário. Ou seja, porque as coisas são como são, faz ainda mais sentido avançar nessa nova direcção.
Mas nestas coisas não há milagres. Só haverá resultados se se derem passos nesse sentido. Passos concretos, com efeitos concretos.
Em Abrantes há pessoas e organizações com capacidade de realização de modo criativo e inovador. Há provas dadas. No terreno. São poucas pessoas e poucas organizações, são uma pequeníssima minoria, mas existem. Contudo, para lá de serem poucas, estão desarticuladas, cada uma para seu lado, cada uma a puxar sozinha contra marés que lhe são desfavoráveis.
O projecto da Cidade Criativa e Inovadora só lá vai se forem procurados e obtidos resultados no número, na qualidade e na organização dos agentes criadores e se forem desenvolvidas acções capazes de criar uma ambiente, um ar, uma cultura de criação e inovação. O resto são flores: vem um sol mais forte... e murcham.

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