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26 April 2006

 

Abrantes: Marketing territorial

Há cerca de um mês (?), esteve disponível na página da Câmara na Net um outro estudo, este ainda com mais interesse geral. Dizem-me que ainda lá se encontra, mas eu não consegui localizá-lo.
Tratava-se de Abrantes, cidade Tecnológica do Tejo: Estudo de Marketing Territorial Aplicado a Abrantes.
Desta vez não pude assistir à sua apresentação. Mas tive pena, porque dizem-me que foi uma boa sessão.
Entre os vários pontos de interesse parece ter caído bem a “descoberta” do mercado militar como algo que pode afirmar-se como uma “boa ideia” para o desenvolvimento de Abrantes.
Não esqueçamos que as cidades procuram, cada vez mais, afirmar-se com uma imagem, como uma marca, com uma identidade que seja reconhecida de fora e de dentro e seja factor de dinamização e desenvolvimento. O Tramagal, por exemplo, apostou na imagem de Vila Convívio, Constância em Vila Poema, Rio Maior em Cidade Desportiva, Coimbra em Cidade do Conhecimento
Abrantes é uma cidade militar. Além do RI2, Tancos e Santa Margarida estão-lhe à cintura e Entroncamento, Torres Novas e Tomar estão à mão de semear. Podemos dizer que durante séculos, Abrantes teve de suportar (leia-se sustentar) as várias guarnições militares, mas nunca terá sabido aproveitar o seu contexto militar em benefício próprio.
Isso é verdade. O contexto militar de Abrantes existe. Mas, existindo, não é seguro que seja um mercado.
A estratégia de equipamento militar nunca soube prever uma participação significativa da indústria nacional. Veja-se, por exemplo, como o meio próximo dos quartéis está, na prática, ausente no fornecimento de bebidas e alimentação. O mesmo se passa com os equipamentos: é por dentro que a instituição militar garante a manutenção.
Por outro lado, mesmo que a instituição militar decidisse abrir-se ao exterior, a relação de fornecimento ou os contratos não têm na proximidade geográfica um factor muito decisivo. A distância cobre-se, cada vez mais, com um clique na Internet.
Não, não creio que o mercado militar seja uma oportunidade significativa para Abrantes. Aliás, se o fosse, já estava a ser.
Ou seja, numa estrutura de cidades cada vez mais especializadas, Abrantes tem de procurar outra forma de afirmar-se e sobreviver.

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