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06 February 2006

 

O real, o possível

É claro que o real não é só o existente. É o existente mais o possível.
É claro que o real casa muito bem com o sonho, mas casa muito mal com a espera.
O real casa muito bem com o agir, mas degenera com a demissão.
A crise em que nos encontramos é sobretudo resultado de nos termos demitido de agir, de construir aquilo que queremos, de garantir de facto aquilo que desejamos.
Preferimos ficar à espera, na reivindicação ingénua de que outros têm a obrigação de fazer por nós aquilo que nós não queremos fazer.
Está à vista.
A porta de saída deste buraco é outra.
O possível é possível. Mas tem de ser feito. Construído. Em vez da lamentação, a acção.

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