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29 January 2006

 

A teia

Sim, a teia. Mas também o campo.
Teia, campo.
Três conceitos pouco utilizados como matriz de pensar as coisas humanas.
Lembremo-nos. A Física começou a pensar o mundo em termos de partículas, unidades elementares de que tudo seria constituído. Depois, viu-se obrigada a introduzir a noção de campo para compreender o que se passava. O comportamento de uma agulha magnética não pode ser explicado apenas com o conceito de elemento. É o campo, nomeadamente o campo magnético, que nos dá a explicação do "estranho" comportamento da agulha. "Estranho" se apenas em função dos elementos.
Também parece que continuamos presos ao conceito de elemento ao explicar os fenómenos sociais e humanos. Mas, se introduzirmos o conceito de campo, as coisas tornam-se mais compreensíveis.
Cada homem existe num campo de forças, de múltiplas forças: necessidades físicas, normas de comportamento, valores, jogos de poder, estruturas de espaço físico, objectos simbólicos...Querer compreender os comportamentos humanos em termos apenas dos indivíduos humanos é um suicídio intelectual. Há homens e mulheres, de facto, mas sempre num campo social concreto estruturado por forças que diferem de campo para campo.

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