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03 January 2006

 

A Pedro Oliveira

Ei, Pedro... Quem é você?
Não estou a pedir que se identifique aqui perante nós. Isso não tem grande interesse. Estou a pedir, sim, que responda a si mesmo. Quem é você?

Pedro Oliveira comenta assim o meu texto sobre regionalização: «Essas elites locais [regionais] chamar-se-ão Fátima Felgueiras? / A regionalização já foi referendada... paz à sua alma.»
Do alto da sua enorme importância - veremos porquê - Pedro Oliveira limita-se a condenar a minha intervenção e a insultar-me de modo liminar. Com que razão?
1. A regionalização não está morta e não foi referendada. Houve, de facto, um referendo sobre regionalização. Mas importa não esquecer que toda a esquerda defendeu a regionalização e que o PSD disse «sim à regionalização, mas não a esta regionalização». Não recordo aposição do CDS. Ou seja, o que foi referendado de modo negativo não foi a regionalização, mas uma certa regionalização.
2. Mesmo que a regionalização tivesse sido recusada... eu não poderia continuar a ter uma posição que lhe fosse favorável? Que raio de democracia é a de Pedro Oliveira onde não se pode ter opinião senão concordante com o que foi decidido? E, já agora, o aborto também não pode voltar a ser referendado? Por quantos anos? ou séculos?
3. Eu penso que a regionalização é uma necessidade e que sem ela Portugal não vai conseguir ultrapassar parte dos problemas com que se debate. Pela simples razão por que os problemas não são nem locais nem nacionais. Mas não é aqui o lugar para discutir isso.
4. Há quem diga que a regionalização está feita, nas célebres comunidades urbanas. Mas não está. Nem nunca estará por aí. Porque elas são, de natureza e por natureza, outra coisa: associações de câmaras, onde os presidentes vão disputar os fundos disponíveis de modo a trazer a maior fatia possível para o seu concelho. Um país e uma "região" intermédia não são uma soma de concelhos.
5. Para quem tiver dúvidas, resta um teste. Qual a ideia, o rasgo, o horizonte que já vimos ouvimos ou lemos sobre a Comunidade Urbana do Médio Tejo? Alguém sabe para onde vai? para onde vamos?
6. Mais em concreto. O Médio Tejo Digital, que não é um projecto de origem no Médio Tejo, mas a inevitável candidatura do Médio Tejo a um programa nacional... como vai? Aposto que, quando os dinheiros respectivos ficarem gastos, temos uma coisa que vai servir para pouco mais que nada (se servir) e uma enorme oportunidade perdida. Mas.. é como se nada fosse. Aliás, alguém ouviu já falar nisso?
Depois disto, pergunto: é assim tão estúpido falar em regionalização?
Entretanto, Pedro Oliveira reconhece-se o direito de me classificar de Fátima Felgueiras. Não percebo bem a lógica (eu tenho as minhas deficiências), mas leio que me acusa de criminoso por defender aquilo em que eu acredito e que considero indispensável.
Posto isto, volto a perguntar: quem é Pedro Oliveira? que poder é o seu para me condenar sem apelo nem agravo?

Comments:
Vamos por partes...

No comentário ao "post" da regionalização publiquei, apenas, a minha opinião. O comentário não era ofensivo para o senhor nem em momento algum o comparei a Fátima Felgueiras [tal comparação para além de carecer de sentido seria disparatada. Tenho o maior apreço pelo senhor enquanto professor, jornalista e pensador. Não nos conhecemos pessoalmente mas terei o maior prazer em esclarecer esta desagradável situação.
O comentário que pode ser interpretado como provocação visava, apenas, provocar o debate. Trocar argumentos a favor e contra a regionalização.
Falei no nome de Fátima Felgueiras, pois, julgo que corremos o risco de eleger para líderes regionais pessoas com o seu (dela) perfil.
Para não irmos mais longe veja-se o caso de Alberto João Jardim.

Quanto ao comentário de ontem foi efectuado, também, em tom provocatório e pretendia, apenas, dizer: "espero que este ano debata os assuntos, enfim que haja uma interacção com os leitores".
Foi um comentário infeliz [eu não o apagarei julgo que isso denotaria alguma cobardia mas esteja à vontade para o fazer].
Julgo que o facto de entre milhares de "blogs" escolher o seu para deixar comentários nada tem de ofensivo.
De qualquer modo o comentário de ontem foi excessivo, pois, parece que lhe estava a dizer o que fazer, como gerir o "blog" e aí tem toda a razão para perguntar: "Quem é este tipo para vir para aqui dar opiniões?"
Estou arrenpendido desse comentário e peço-lhe desculpa.
Quanto ao resto para me conhecer nada melhor que visitar os meus "blogs".
Permita-me que lhe envie um abraço e qualquer dia esclarecemos isto pessoalmente.
Bom ano.
 
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