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24 January 2006

 

O objectivo / o subjectivo

Nas relações entre as pessoas há duas dimensões. A objectiva e a subjectiva.
Vejamos um caso. O Samuel bate na mulher. Há, aqui, duas dimensões: a dimensão objectiva da relação entre o Samuel e a mulher (ele bate-lhe e ela sofre a violência) e a dimensão subjectiva (o que o Samuel sente ou pensa, a sua história de vida, as violências que terá sofrido, etc.; e o mesmo para ela).
Confundir estas duas dimensões é um erro básico. Podemos combater o erro objectivo e, ao mesmo tempo, compreender e tentar tratar o problema subjectivo.
Poderemos discutir as questões como problemas objectivos sem discutir as pessoas? Podemos, em educação ou em política, em arte ou em desporto, por exemplo, discutir questões objectivas, fazer opções de facto, lutar por uma dada linha… sem estarmos a condenar, do ponto de vista subjectivo ou moral, o outro que pensa de modo diferente de nós?
É verdade que há pessoas boas e más, justas e injustas, etc. Mas qual de nós está em condições de julgar? E qual de nós está em situação de “ter de” julgar a esses níveis?
Podemos, pelo menos, fazer um esforço por tratar de factos, situações, comportamentos. Eu tento. Talvez não seja sempre capaz, mas sinto que sou sempre obrigado a fazê-lo.
Sou por isso melhor que outros que não o façam? Esse é o tipo de questão a que me recuso a responder, pela simples razão de que não tenho condições que me permitam uma avaliação objectiva do outro.

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