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23 January 2006

 

A (des)responsabilização - 10

Mas Pedro Oliveira tem muita razão quando defende a imperiosa necessidade de responsabilização. De facto, todos nós conhecemos alguma desresponsabilização em vários domínios. Em certas famílias, onde os filhos são deixados "à rédea solta" ou são superprotegidos; em certas escolas ou aulas, onde tudo parece ser exigido aos professores, como se fosse possível ensinar sem um esforço de quem aprende; na função pública em geral, onde os profissionais têm "direito" a uma classificação de "muito bom" independentemente da sua prestação efectiva e onde muitas chefias apenas têm "direito" à subida de letra no ordenado sem assumirem a responsabilidade pela qualidade dos serviços por que deviam responder; etc., etc., etc.
Concordo com Pedro Oliveira: nada substitui a responsabilização, nada desculpa a desresponsabilização.
Mas a exigência da responsabilização é, mais uma vez, o reconhecimento da decisiva importância dos outros ou do meio no comportamento de cada um de nós.
Num meio que responsabiliza, que é exigente, que pede contas, as pessoas tendem a ser responsáveis, a ser cumpridoras, a estar à altura. Num meio desresponsabilizador, as pessoas tornam-se irresponsáveis, descuidadas, vulgares, medíocres. Ou ainda pior.É por isso é que nada substitui a qualidade dos ambientes em que vivemos. É por isso é deve ser considerada criminosa a falta de qualidade dos ambientes em que são formadas as nossas crianças e os nossos jovens.

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