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24 January 2006

 

A Angelina

Às vezes espanto-me com as certezas, sobretudo os julgamentos, que ouço à minha volta sobre educação no sistema de ensino. Mas tenho um problema para o qual nunca encontrei alguém com uma solução. Trago-o, pois, aqui.
A Angelina vai entrar na escola. Sabe-se já que terá de andar na escola pelo menos 12 anos, porque é o tempo da escolaridade obrigatória. Não sairá da escola, portanto, antes dos 18 anos. Certo?
A Angelina é deficiente. Sabe-se já que nunca aprenderá a ler e a escrever, ou a fazer contas. Mas será obrigada a andar 12 anos na escola.
Problema. Que deve a escola fazer à Angelina durante 12 anos? Mantê-la no 1º ano durante 12 anos? Ou fazê-la transitar até ao 12º ano?
Os professores, na escola, precisam de saber o que fazer e a sociedade em geral e os pais da Angelina em particular precisam de saber com que podem contar.É, evidentemente, um caso extremo. Mas real, com que as escolas se defrontam no dia a dia, embora no silêncio quase absoluto. Ora os casos extremos, porque extremos, mostram melhor o poder das nossas soluções. Nomeadamente das que aplicamos aos casos intermédios.

Comments:
A Angelina não terá que andar 12 anos na escola, do mesmo modo que outras crianças como ela não andam agora os 9 anos. É por isso que existem escolas especiais, onde primeiro em termos educaionais e depois em termos profissionais, se tenta fazer a integração dessas jovens. E se todos fizermos o nosso trabalho como pais, profissionais ou elementos da comunidade, acreditando no sucesso então ele pode acontecer.
 
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