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11 December 2005

 

Tia Blandina

Esta semana fui sepultar a minha tia Blandina no cemitério de Mação. Era a última representante da casa de origem do meu pai.
Morreu com quase 90 anos de uma vida dura, mais difícl do que podemos imaginar. Mas soube estar à altura das dificuldades, fazer-lhes frente de corpo inteiro, embora certamente por vezes com o coração bem ferido. E não se deixar vencer por elas.
Foi, ao seu nível, uma grande mulher. E é preciso dizê-lo, porque estamos habituados a ver grandes homens e grandes mulheres apenas quando olhamos para cima. Mas existem também ao nosso nível. Só que nos é mais difícil vê-los (as). E mais difícil ainda quando, de um lugar de poder, olhamos para baixo - na escola, na administração, na empresa...

P.S. - Gostei das palavras do P. Sousa. Disse, à sua maneira, a grandeza e a força da minha tia Blandina. E a enorme importância que para uma terra pequena, como a carregueira, tem uma pessoa. E vi, mais uma vez, como parece serem os padres os últimos que estão "com" estas pessoas dos pequenos lugares, numa relação de grande proximidade pessoal. E constatei, de novo, como a nossa sociedade nada mais etm que os rituais religiosos para celebrar os grandes momentos da vida. O resto... parece ser pura relação comercial.

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