.comment-link {margin-left:.6em;}

11 December 2005

 

Confirmação

De onde menos se espera vem a ajuda. Ou a "confirmação".
No jornal da minha escola, Toque de Saída, leio uma pergunta à Presidente da escola e a respectiva resposta.
P - Quais foram as principais dificuldades sentidas no início deste ano lectivo?
R - Exactamente as mesmas que estou a sentir neste momento: conseguir pôr em prática todas as normas que o Ministério decidiu implementar este ano.
Temos aqui o exemplo acabado de uma certa acção política. O Ministério que decide o que a escola deve fazer e a escola que faz o que o Ministério decide que seja feito.
Chama-se a isto centralismo pseudo-democrático. Sempre assim foi desde Salazar. E não se vê maneira de como/quando possa vir a ser de outro modo.
Mas de uma coisa podemos estar certos: enquanto as coisas assim continuarem, não há donde venham os resultados que todos esperamos.
Mas não virão enquanto esperarmos. Só quando os fizermos. E só os podemos fazer nas escolas e de uma acção que tenha as escolas por sujeitos, e não o Ministério. Dito de outo modo: só haverá resultados de uma política educativa de escola e não de uma política de Ministério. E, no entanto, todos perguntamos pela política do Ministério e nunca pela política da escola.
A propósito e só como exercício: pergunte-se a qualquer presidente de câmara o que foram as suas dificuldades e nem o pior deles dirá que foi "pôr em prática" aquilo que o Ministério decidiu.
Quererá isto dizer algo contra a presidente da minha escola? Não, porque não foi ela que fez o sistema e é dentro dele que ela opera. E ali não se fazem milagres.

Comments: Post a Comment



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?