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15 November 2005

 

Oportunidades "perdidas"

Disse - e mantenho - que não se podem fazer as histórias parciais, ou seja, de alguns sectores da vida abrantina sem ter em conta aquilo que eu fiz.
Fui importante para o que aconteceu. Sei-o muito bem. (Mas nunca disse que eu fui o maior, ou, sequer, que fui importante sozinho.)
Hoje quero aqui dizer que fiz igualmente história quando não fiz. Ou seja, quando não assumi como minha a oportunidade que se me apresentava.
Por exemplo, nunca aceitei entrar em nenhum partido, e fui convidado. Nunca aceitei candidatar-me a presidente da Câmara, e fui convidado. Nunca aceitei o lugar de Presidente do Conselho Directivo da minha escola (depois dos meus anos de Sardoal), apesar de o poder me ter sido oferecido. Tal como recusei outras propostas que me fizeram.
Não terei eu sido irresponsável nesses momentos? Pessoalmente, julgo que não, mas sei de pessoas que ainda hoje me acusam de, nesses momentos, ter voltado as costas à história, ou seja, à minha responsabilidade em mudar as coisas.
Quando digo que fui importante, deve ser entendido, repito-o, naquilo que fiz como naquilo que não fiz.
E repito também: cada um de nós é importante naquilo que faz como naquilo que não faz.

(E não falo daquilo que não fazemos porque não podemos fazer tudo ao mesmo tempo. Digo-o sobretudo daquilo que estava ao nosso alcance e não foi feito.)

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