.comment-link {margin-left:.6em;}

16 November 2005

 

Na auto-estrada

Há dias, fui à Covilhã. Frente à área de serviço de Castelo Branco, havia obras na direcção da Covilhã e a faixa junto ao separador central estava fechada ao trânsito.
Naquele espaço, que era grande, tive três sustos. À minha frente, dois homens atravessaram a correr a faixa em que eu seguia; um homem com um carro de mão atravessou a faixa em que eu seguia, e uma carrinha saíu da faixa fechada ao trânsito e entrou na faixa em que eu seguia sem se dar ao trabalho de calcular que eu, se não travasse, iria embater nela. Três em um, para sair mais barato. À portuguesa? Ou antes, da forma mais fácil?
No regresso, numa das faixas da auto-estrada, uma fralda de bébé. Dava para adivinhar como terá sido: alguém tirou a fralda ao bébé e... zás... que é mais fácil... para mim.
Cada um de nós viu já e pode contar milhentos casos destes.
Porque será que estas pessoas não aprenderam a vivem "com" os outros, sem ser "à custa" dos outros?
A resposta é simples: porque ninguém lhes ensinou.
E porque é que ninguém lhes ensinou? A resposta também é simples: porque quem lhes poderia ter ensinado não acreditava e já não vivia esses valores que permitem fazer vida civilizada com os outros. "Civilizada" significa "de cidade", ou seja, de sociedade organizada.
Ao mesmo tempo que combatem o pensamento religioso porque dizem ser irracional, acreditam numa realidade social metafísica independente dos comportamentos das pessoas e da acção das instituições, que são por natureza abuso de poder.
E, depois, admiramo-nos dos efeitos.

Comments: Post a Comment



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?